28 jul 2025

Impacto das novas tarifas dos EUA sobre o mercado imobiliário brasileiro

O recente anúncio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, especialmente do agronegócio e da indústria do aço, gerou forte repercussão no mercado. Embora o Brasil não dependa significativamente das exportações para os EUA de forma geral, esses setores específicos serão os mais afetados a curto prazo e de forma direta.

As consequências econômicas, no entanto, extrapolam essas cadeias produtivas e já acendem sinais de alerta em toda a economia nacional, inclusive no setor imobiliário. Em um momento de inflação em alta, juros pressionados e câmbio sensível a instabilidades políticas, o anúncio das tarifas intensifica a percepção de risco. A valorização do dólar, que já vinha em curso, pode se acelerar, pressionando ainda mais os preços de alimentos, combustíveis e insumos da construção civil.

Nesse novo cenário de incerteza, o mercado imobiliário, que vinha demonstrando recuperação pautada na expectativa de queda dos juros e no aumento da renda, se depara com uma conjuntura menos favorável, com menos previsibilidade, menos apetite por risco e mais dificuldade de acesso ao crédito.

Além disso, no campo internacional, o aumento do dólar dificulta o movimento de brasileiros interessados em adquirir imóveis fora do país, especialmente nos Estados Unidos, um destino comum entre investidores de alta renda. Essa retração pode redirecionar o capital para outros mercados, como Portugal, Emirados Árabes e países da América do Sul.

A grande dúvida que permanece é se o Banco Central conseguirá conter a alta do dólar e a inflação sem comprometer ainda mais o ritmo da economia. Caso o cenário piore, pode haver necessidade de frear a trajetória de queda da Selic, ou até mesmo retomar sua elevação. Para o setor imobiliário, isso significa crédito mais caro, menor poder de compra e mais obstáculos na concretização de negócios. Diante desse novo panorama, profissionais e investidores devem redobrar a atenção. O contexto mudou, e adaptar-se rapidamente será essencial para evitar riscos desnecessários e identificar oportunidades em meio à instabilidade.

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Boletim Informativo de Direito Imobiliário – Confira as notícias:

  1. Artigo defende que a utilização da usucapião em sede defensiva é inadequada, e que deve ser feita uma ação declaratória autônoma
  2. Impacto das novas tarifas dos EUA sobre o mercado imobiliário brasileiro
  3. Notificação do devedor fiduciante por e-mail é válida, segundo o STJ
  4. Provimento CNJ 194/2025

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