Mais diversidade entre os colaboradores é tendência do mercado
Fonte: Revista Apólice
Por: Nicole Fraga
Durante o evento Dive In 2020, representantes do setor debateram sobre o assunto e apresentaram cases durante o painel “Gerações e o futuro do trabalho”
EXCLUSIVO – A entrada da Geração Z no mercado de trabalho provocou diversas mudanças no mundo corporativo. Os jovens se posicionam mais em prol do respeito ao próximo, fazendo com que a diversidade nas organizações seja um tema em alta. Da mesma forma, o aumento da longevidade impõe a necessidade de debates sobre esse assunto e a busca por soluções para que diferentes gerações consigam conviver de forma mais harmônica nas empresas e possam ser mais produtivas, elaborando estratégias e alcançando maiores resultados.
Para colocar o tema em evidência, o evento Dive In 2020 organizou o painel “Gerações e o futuro do trabalho” na manhã desta quarta-feira, 23 de setembro. O debate foi mediado por Ricardo Sales, sócio da Mais Diversidade, e contou com a participação de Marcella Hill, sócia e líder da área de seguros e resseguros do Campos Mello Advogados (CMA); Graziella Castilho, presidente da Junior Achievement; Morris Litvak, CEO da Maturi Jobs; e Daniel Cunha, diretor de Sinistros e sponsor do Grupo de Gerações na Chubb
A startup Maturi Jobs elaborou uma plataforma na qual pessoas com mais de 50 anos podem se inscrever para obter ajuda na recolocação profissional. Quando lançada, o foco da empresa era oferecer vagas de emprego formais, mas foi percebida uma baixa demanda de oportunidades e a ferramenta passou a se tornar um guia para os mais velhos aprenderem a se adaptarem a esta situação, seja empreendendo ou sendo autônomos. Atualmente a startup possui mais de 150 mil cadastros. “O mundo está envelhecendo, o Brasil mais ainda, mas não debatemos com frequência esse assunto. Apesar de os mais velhos encontrarem dificuldades, os gestores estão percebendo que não importa quem está fazendo o trabalho, mas sim se ele está sendo entregue”, disse Litvak.
Marcella acredita que cada geração agrega um valor no mundo corporativo, e através da troca de conhecimento e da quebra da ideia de hierarquia será possível que as organizações potencializem seus resultados. A executiva afirmou que investir em uma boa comunicação interna pode facilitar processos e realizar mentorias para que colaboradores compartilhem experiências pode ser uma solução. “É muito importante que a equipe sinta que faz parte da empresa. O líder deve ser exemplo para que o relacionamento flua de uma forma suave e as pessoas possam trabalhar juntas. Essa nova realidade que estamos vivendo vai impactar diretamente nas relações dentro e fora do mercado de trabalho, e as companhias devem se adaptar para incluir o maior número de pessoas, pois a partir disso a sociedade terá um maior poder de consumo, o que auxilia na retomada da economia”.
A Junior Achievement é uma organização de educação prática em negócios, economia e empreendedorismo. O objetivo da associação é despertar o espírito empreendedor na população desde a escola, estimulando o desenvolvimento pessoal e profissional para criar pontes entre jovens e as empresas. Segundo Graziella, esse método ajuda a formar cidadãos mais conscientes e melhores preparados para atender as demandas do mercado de trabalho. “Isso tem tudo a ver com o setor segurador. O corretor é um empreendedor nato, ninguém sabe melhor do que ele quais são as dificuldades de manter um negócio. Iniciativas como essa podem ajudar a alavancar o segmento”.
Na Chubb, diversidade e inclusão fazem parte dos pilares da companhia. A empresa busca intensificar o seu programa de D&I através de investimentos em soluções tecnológicas para recolher dados internos. Através dessas informações, o RH faz uma análise do quadro de funcionários e pode identificar qual é o perfil dos colaboradores da organização, podendo, assim, adotar iniciativas para incluir no ambiente de trabalho o maior número de pessoas possível e oferecer um plano de carreira dentro da seguradora. “Ações desse tipo ajudam a melhorar o clima organizacional e tornar uma empresa mais inovadora. Quanto mais mentes diferentes pensando em conjunto, maior é a chance de idealizarmos novas modalidades de seguro ou aprimorar as apólices existentes, protegendo, assim, uma parcela maior da população”, ressaltou Cunha
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