Tokenização e criptomoedas chegam ao mercado imobiliário
Em um contexto de alta da Taxa Selic, a procura por meios modernos e eficazes para reaquecer o mercado imobiliário tem se acentuado no Brasil. Aos poucos surge no país, assim, o processo de fragmentação de ativos reais ou virtuais a partir da criação de diversas frações digitais, denominado de tokenização. A nova tecnologia, como qualquer outra disruptiva, gera desconhecimento e receio no setor, mas especialistas veem como algo positivo e que deve ganhar cada vez mais espaço no país.
Nesse sentido, ao ser tokenizado, um ativo imobiliário pode ser fragmentado por uma incorporadora em vários ativos digitais que correspondem a parcelas de todo o empreendimento, sendo negociados na quantidade que pretender. A título ilustrativo, um empreendimento de R$ 20.000.000,00 pode ser vendido no mercado por 100.000 tokens de R$ 200,00.
Em meio a esse cenário, especialistas afirmam que um dos principais benefícios na utilização dessas novas tecnologias no mercado imobiliário é a desburocratização dos investimentos.
Marcelo Magalhães, CEO da Ribus, empresa brasileira que lançou o primeiro token utilitário imobiliário do mundo, afirma: “Para entrar num ecossistema imobiliário completo a pessoa precisa de um grande volume de dinheiro. Já no modelo fracionado, ela não precisa de grandes montantes para participar dos negócios”, explica. “E ainda barateia todo o processo porque você não deixa R$ 10 mil na mão de um tabelião para reconhecer o registro como válido. A tecnologia de blockchain cria um registro imutável e seguro das informações. Por isso os criptoativos são tão disruptivos. É um modelo descentralizado. Com o token de R$ 1,50, todos conseguem participar e investir.”
No entanto, por esses investimentos serem novidade no mercado e não se encontrarem, hoje, regulados e, por sua vez, não estarem sujeitos a registro junto a cartórios de registro de imóveis, envolvem riscos que devem ser levados em consideração pelos investidores, que devem ser devidamente assessorados por advogados capacitados.
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2 – Tokenização e criptomoedas chegam ao mercado imobiliário
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