Segundo Secovi, cidade de São Paulo vive um “drama” para produzir imóveis

De acordo com Ely Wertheim, presidente executivo do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), em decorrência da falta de atualização do plano diretor, a capital paulista enfrenta um “drama” relacionado à produção de imóveis. Segundo Wertheim, a elevação dos preços dos imóveis é ocasionada pela falta de terrenos e insegurança jurídica suportadas pelo mercado paulistano.

 Ao criticar as restrições para construções na cidade, Ely afirma que “há 20 anos nem é muito tempo assim, em 20% a 25% do território da cidade era possível fazer um projeto imobiliário e a conta fechava. Hoje são apenas 3%. (…) Isso tem criado problemas para produção no mercado”.

Wertheim explicou que a demora no processo da produção, desde a compra de terrenos, licenciamento e montagem do estande até a entrega da obra, faz com que os projetos pareçam tão repetitivos em termos de plantas, fachada e arquitetura, aos olhos da população.

O presidente do Secovi-SP afirmou, ainda, que os problemas no campo legal, combinados com o avanço de empreendimentos mais econômicos, acarretam o lançamento de grandes números de apartamentos compactos (com plantas inferiores a 40 ou 30m²), impulsionado, ainda, pelo programa Casa Verde e Amarela.

Ademais, conforme evidenciado por Wertheim, o mercado imobiliário enfrenta outro problema em razão da disparada nos custos dos materiais. Segundo ele, apesar de haver perspectiva de desaceleração no ritmo de alta nos preços, as pessoas não têm renda para acompanhar a evolução do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), indicador de inflação utilizado no mercado imobiliário e na construção civil. Em agosto de 2022, houve uma elevação do INCC-M de 0,33% (uma desaceleração em relação a julho, quando havia subido 1,16%), e com isso, acumula-se alta de 8,80% no ano e de 11,40% em 12 meses.

 

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