Desafios e novo plano de incentivos para revitalizar o Centro do Rio de Janeiro
O Porto do Rio de Janeiro contará agora com o edifício Lumina, da Tishman Speyer (responsável, por exemplo, pelo Rockefeller Center, em Nova York), desengavetando um projeto antigo de 2015 que deverá finalmente ser lançado. A previsão para o lançamento é até o início do próximo ano, com 500 unidades à venda na primeira fase.
O presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), Marcos Saceanu, considera acertada a decisão de aumentar a oferta de unidades residenciais no Centro da cidade: “A ocupação residencial, somada aos prédios comerciais já existentes, fará com que a região ganhe uma nova vida, incentivando o comércio e serviços. O Centro tem uma infraestrutura de transporte, lazer e cultura já implantado e funcionando, o que é um atrativo muito importante para a moradia”.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RJ), Claudio Hermolin, avaliou o projeto positivamente. Segundo ele, os primeiros empreendimentos do Projeto devem ser finalizados no próximo ano: “O ciclo de nosso negócio é de 5,2 anos, o que é muito bom. Como o projeto foi lançado em 2021, com isso devemos ver as primeiras moradias sendo ocupadas a partir de 2024 e 2025. Antes do Reviver tinham cinco projetos lançados nos últimos cinco anos, em termos residenciais. Após o Reviver já são mais de 18 projetos entre laçados e em aprovação”.
No entanto, Hermolin aponta que ainda existem melhorias a serem feitas para que possa ser explorado todo o potencial residencial do Centro: “Temos certeza de que o Centro tem excelente vocação para o residencial, porém ainda tem de ser feita muita coisa além do Reviver, como a conservação das áreas, a segurança, e o estímulo à ocupação comercial, seja de escritórios empresariais, seja de lojas, pois o residencial sozinho não se sustenta”.
Além disso, o presidente da Sinduscon-RJ entende que existem melhorias a serem implementadas ao próprio Projeto Reviver Centro para criar melhoras condições para os investimentos: “Acreditamos que existe a necessidade de turbinada no Reviver Centro, que é o que está sendo discutido agora entre os poderes executivo e legislativo, visando gerar mais quantidade de áreas receptoras da operação interligada – grande mola mestra de sucesso do Reviver Centro. Outra oportunidade é revisitar a outorga hoje cobrada pelo município, pois o preço de venda das unidades no Centro ainda é baixo, tornando os projetos difíceis de serem viabilizados”.
A dificuldade em mudar a percepção negativa do Centro como um lugar para se viver e os altos custos de transformação de imóveis comerciais em residenciais têm sido obstáculos para o sucesso do programa. Além disso, o mercado imobiliário ainda prefere investir em áreas mais rentáveis, como a Barra da Tijuca e a Zona Sul.
A fim de solucionar esse problema, a Prefeitura adotou medidas de incentivo ao mercado imobiliário, concedendo direitos construtivos e reduzindo exigências para a ocupação residencial no Centro. No entanto, até o momento, apenas três novas construções foram realizadas, oferecendo unidades pequenas e pouco atrativas para famílias. Assim, diante do baixo progresso do programa, a Prefeitura encaminhou à Câmara de Vereadores o Projeto de Lei Complementar 109/2023, de forma a propor o Reviver 2, que amplia os incentivos ao mercado imobiliário, permitindo a transferência de potencial construtivo para outros bairros. A Prefeitura também pretende eliminar as restrições de altura dos edifícios no Centro.
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